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Reabertura do Seminário Menor

Com muito empenho, sacrifício e obstinação Dom Nivaldo Monte, ex-aluno, reabriu em 10 de fevereiro de 1977 o seminário menor, com 9 alunos, - entre eles dois da Diocese de Mossoró -, as portas do Seminário no endereço de sua residência à rua Mipibu, 441. Segundo Dom Nivaldo, um dos que mais apoiaram sua decisão foi o atual Vigário Geral Mons. Francisco de Assis Pereira. Naquela época era Reitor, o Pe. Hudson Brandão. A referida residência fora doada pelo Governador do Estado Sr. Aluísio Alves. Nessa época, os seminaristas menores tinham seus estudos realizados no Colégio Marista. Aí residiram até 1988, quando foram transferidos para Nova Cruz. A nova instalação do Seminário menor recebeu o nome de Centro Vocacional. Situado à Rua Pedro Velho, 300, tinha como Reitor Pe. Matias Patrício de Macedo e Vice-Reitor Pe. Robério.

Depois da experiência do Centro Vocacional, o Seminário Menor foi reaberto a 16 de fevereiro de 1991, em João Câmara na sede Paroquial. O fato ocorreu com missa presidida pelo então Arcebispo Dom Alair Vilar Fernandes de Melo e concelebrada pelos padres: Inácio de Loiola (Reitor), Mons. Luis Lucena Dias (Pároco de João Câmara), Pe. Robério Camilo da Silva, Mons. Vicente de Paula da Costa Vasconcelos e Pe. Jaime Vieira Rocha ( Reitor do Seminário Maior).

De João Câmara o Seminário menor mudou-se para uma casa doada à Diocese pelo Professor Ulisses de Góis situada à Rua Nilo Peçanha, 239. Assumiu a Reitoria o Côn. Lucilo Alves Machado. Os seminaristas menores permaneceram aí até 1995 quando em outubro foram para o prédio da Campos Sales permanecendo lá até dezembro. Em 1996 novamente foram residir à Rua Mipibu, 441 – Petrópolis.

Procurando atender à necessidade de acolher novos e mais seminaristas, o Seminário Menor deixa a residência da Rua Mipibú passando a funcionar com instalações mais adequadas em Emaús-Parnamim (BR-101 Km 7,5) a partir do dia 04 de fevereiro do ano 2000, tendo como vice-reitor o Pe. José Roberto da Rocha, antes vice-reitor do Seminário Maior.

Reabertua do Seminário Maior passados 50 anos

Em 1981 um novo desafio foi empreendido pelo Seminário, já que os seminaristas menores terminavam seu 2º grau e necessitavam continuar a formação. Teve início, portanto, no dia 15 de fevereiro desse ano o curso filosófico orientado para a formação dos seminaristas maiores. As aulas foram ministradas no ITEPAN (Instituto de Teologia Pastoral de Natal), por um grupo de professores, em sua maioria, da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Um ano depois, em 1982, A Arquidiocese fez um convênio com a Universidade Federal para que os seminaristas pudessem pagar algumas disciplinas filosóficas; as demais foram assumidas pela própria equipe de formação do Seminário. A partir daí, de 1980 a 1983 a Arquidiocese de Natal enviou um grupo de 11 seminaristas para cursar Teologia no Rio de Janeiro. Residiram no Seminário São José e estudaram na PUC (Pontifícia Universidade Católica) até o ano de 1984.

Por um decreto promulgado em 08 de março de 1985, o Arcebispo Metropolitano de então, Dom Nivaldo Monte, erigiu o Seminário Maior da Arquidiocese de Natal tendo como patrono São Pedro. Nessa mesma ocasião tinha abertura oficial o curso de Teologia cujo funcionamento integral se daria no Seminário juntamente com o de Filosofia já em andamento. A casa de formação continuava sendo na Rua Mipibu. Em 1994 os seminaristas da Teologia foram dali transferidos para a Casa do Clero em Emaús e em 1996 os filósofos, provisorimanete, para a casa de repouso das Irmãs do Amor Divino em Ponta Negra. Daí seguiram para o prédio da Av. Campos Sales, recém reformado após ter sido entregue pelo governo do Estado ao qual estava alugado.

Em 1988, o então Arcebispo, Dom Heitor de Araújo Sales, implementou com o reitor a iniciativa de reunir na Campos Sales, junto com os Filósofos, também os teólogos que se encontravam na Casa do Clero em Emaús (Doada por Dom Nivaldo Monte). E conforme o planejado, a mudança da mobília da Casa de Emaús para a Campos Sales, foi realizada pelos 16 seminaristas do propedêutico daquele ano. Foi um intenso trabalho de organização para que todos os ambientes do prédio pudessem abrigar os seminaristas. Tudo isso seria provisoriamente, já que existia um projeto de ampliação para o Seminário. À época, com Pe. Valquimar assumiu a vice-reitoria o Pe. José Roberto da Rocha, ordenado sacerdote em 19 de junho de 1998 para esta missão. Continuavam fazendo parte da Equipe de Formação os seguintes padres: Mons. Francisco de Assis Pereira (Diretor do curso de Teologia), Mons. Agnelo Dantas Barreto (Diretor do curso de filosofia); Pe. Augustin Calatayud, SJ (Diretor Espiritual da Filosofia); Mons. João Correia de Aquino, Pe. José Teixeira de Almeida (Confessores). O Pároco de Jandaíra, Pe. Inácio de Loyola Bezerra, começou a assumir a direção espiritual da teologia vindo duas vezes por semana ao Seminário. Mas, vendo o Arcebispo a necessidade de um diretor espiritual mais presente, transferiu Pe. Inácio de Loyola Bezerra para a Paróquia de Extremoz, tendo como residência o Seminário de São Pedro. A partir de 1999, o Seminário Menor, que continuava à Rua Mipibu, e o Seminário Maior estavam sob uma única direção.

Com o interesse de aprimorar a formação do seu futuro presbitério, Dom Heitor de Araújo Sales declarou publicamente a prioridade que a Arquidiocese daria ao Seminário com uma atenção maior. Fruto desse empenho é que em setembro de 1998 começaram as ampliações do prédio para atender as necessidades da adequada formação e, graças a Deus, ao grande número de vocações. Nesse esforço conjunto, destaca-se a incansável ajuda dos irmãos católicos da Alemanha com o apoio das Entidades alemãs Adveniat, Kirche in Not e Diocese de Colônia que sempre ajudaram a Arquidiocese de Natal e particularmente, nessa ocasião, ao Seminário de São Pedro. No projeto de ampliação, as ajudas foram significativas sem as quais não seria possível concretizar um sonho.

Em 1999 os trabalhos do primeiro pavimento de dormitórios foram encerrados e no ano 2000 começaram os do segundo pavimento. Ambos estão situados na parte interna do prédio da Campos Sales. Construídos numa arquitetura mais moderna, nem por isso agridem a estrutura do antigo casarão que, embora tenha passado por uma grande reforma em 1995, com adaptações internas, não teve suas características externas perdidas. Além do mais, grande parte dos pavimentos internos foram preservados por força da própria estrutura que impediu alterações. Assim temos inúmeras janelas e portas, escadarias, etc. Dentre estas, encontra-se a escada de ferro em forma de caracol conhecida como a escada de Dom Marcolino.

No pátio externo voltado para a Campos Sales, ainda estão as pitangueiras tão antigas como o próprio Seminário, que viram gerações e gerações de sacerdotes sendo formados. A entrada continua a mesma voltada para a grande porta central. O muro que cerca sua frente, já reformado, procura ser semelhante ao que era anteriormente. Vê-se claramente a continuidade dos esforços para que o Seminário mantenha viva a sua índole e estrutura, preservando uma identidade que, por si, impõe-se diante da grande avenida.

Já nos primeiros anos após a construção do prédio da Campos Sales, Dom Marcolino Esmeraldo de Souza Dantas, preocupava-se com a permanente iniciativa dos fiéis em prol dessa Instituição criando a Obra das Vocações Sacerdotais, com o fim de fomentar nas famílias o interesse pelas vocações; garantir a manutenção de alunos pobres no Seminário, além de adquirir donativos para o Seminário e seminaristas pobres. Os estatutos da O. V. S. foram promulgados no dia do aniversário de fundação do prédio a 3 de outubro de 1940.

O Seminário de São Pedro é para Natal e o Rio Grande do Norte um marco da cultura e da formação na história de várias gerações, como mencionou algumas vezes, nesta casa, nosso ilustre Câmara Cascudo. Após terem passado desde 1919, reitores, diretores de estudos, diretores espirituais, confessores e inúmeros professores e padres das equipes de formação, o Seminário caminha vislumbrando horizontes frutuosos.

Graças a Deus, a chácara do Tirol, apesar de tantos sacrifícios, nunca deixou de reluzir o seu brilho. Podendo até ser chamado de o Casarão de ouro da Campos Sales.

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